Então, domina a arte de usar pauzinhos. Tem-nos utilizado com confiança (e presunçosamente) desde que “descobriu” o sushi. Agora é um profissional, não é?
Nop.
É simplesmente um estagiário, Pequeno Samurai. Ainda há muito para aprender*.
Vamos começar pelo início…
Sem perfume, por favor. Saborear sushi é uma experiência multissensorial: um deleite para os olhos, nariz e boca. Por isso, da próxima vez, não coloque nada na sua pele. O seu Chanel está a aborrecer o peixe.
Porque está a roçar os pauzinhos um no outro?
Provavelmente porque não quer madeira com o seu sashimi de atum. Mas se não consegue ver nenhuma lasca óbvia, tudo o que está a fazer é criar mais. Esfregar os pauzinhos faz confusão a muitos artesãos de sushi e pode ser considerado impróprio – assim como roçar a sua faca e o garfo um no outro!
O gengibre em conserva é um refrescante do palato. Não, gengibre não é uma refeição—embora estejamos habituados a trata-lo como se fosse. O seu tempero doce e ácido é, na verdade, para refrescar a boca e prepará-la para o próximo petisco delicioso.
Quanto à dose de wasabi, é uma decisão geralmente deixada ao chefe de sushi: é suposto evitar misturá-lo com o molho de soja. (Mas nós não contamos a ninguém.)
A maneira correta é para cima? Nigiri (as pequenas “barras” de arroz com lascas de peixe no topo) devem ser mergulhadas no molho de soja viradas ao contrário. Isto impede que o arroz se torne demasiado salgado e muito empapado. E as boas notícias? Devia largar os pauzinhos e utilizar os seus dedos para segurar no arroz. Desta forma evita esmagar o pedaço perfeito feito à mão. E se conseguir, coma-o em apenas uma dentada, com o peixe a tocar na língua primeiro. Nham!
A excepção é o sashimi. Pode utilizar os pauzinhos e o molho de soja-wasabi para comer o sashimi. Tempos loucos!
Respeite a hierarquia do sabor. Os puristas dizem que devem começar com algum sashimi dos pratos mais “leves” —como o peixe branco e camarão—antes de passar para os pratos mais ricos e repletos de gordura como o olho-de-boi e o atum, seguido de cavala e enguia. Termine com uma omelete, seguida de alguns rolos de maki caso ainda tenha fome e depois, só depois, segue para a sopa Miso.
Que, por acaso, costuma fazer parte do pequeno-almoço.
Há uma razão muito sensível para esta ordem: impedir os peixes com um sabor mais forte de se sobreporem aos peixes com um sabor mais subtil.
Sashimi não é sushi. Na verdade, sushi refere-se a arroz com um topping. Especificamente, é arroz com vinagre, geralmente acompanhado de peixe cru. Nigirizushi, makizushi e temakizushi são maneiras diferentes de apreciar essa combinação de arroz e peixe. Desta forma, sashimi não é sushi, já que não há componente de arroz, mas os dois geralmente andam de mãos dadas. O que é uma excelente notícia, já que ambos são deliciosos.
Mais importante de tudo… é bom saber qual a maneira “correta” de desfrutar de sushi, mas no final de contas, é consigo. Se entrar na sua boca e deixá-lo feliz então achamos que está a come-lo da forma correta.
* redija 1000 publicações a dizer o que fizemos de errado. Desculpem Sushiyas.